O que faria se tivesse pouco tempo de vida?

A correria do dia-a-dia dificulta vermos as coisas com uma perspectiva real, decifrar o que é realmente importante versus aquilo que temos em mente no momento, que nos pressiona neste preciso instante.

Recebemos dezenas de e-mails de pessoas a pedirem-nos informação e a apelarem à acção da nossa parte, temos telefonemas para fazer e retribuir, visitas a fazer e a receber, uma longa lista de afazeres, juntamente com tudo o resto que compõe o nosso quotidiano…e, no entanto, o que é realmente importante no meio de tudo isto?

O que é realmente importante?

Faça-se a seguinte pergunta: se de repente descobrir que tem apenas 6 meses de vida, seja por que motivo for, aquilo que tem neste momento à sua frente continuaria a ser relevante?

Os 20 e-mails que aguardam respostas suas importariam? A pilha de papéis que tem em cima da secretária para processar ainda é importante? O trabalho que tem em mãos continua relevante? E as reuniões que tem agendadas para os próximas dias, semanas? Uma casa bonita, um carro luxuoso, um emprego de topo, gadgets de última geração e as mais recentes tendências da moda, importariam? Não estamos a dizer que estas coisas não são relevantes, mas é importante que se questione sobre isso.

O que realmente importaria para si?

Para muitos de nós, o que realmente importa são as pessoas que amamos e preenchem a nossa vida. Se não temos pessoas chegadas, talvez esteja na altura de perceber porquê e descobrir como mudar isso. Talvez não tenhamos tido tempo para os outros, para sair, conhecer pessoas novas, ajudar amigos e até estranhos, para ser compassivo e apaixonado pelos outros. Talvez temo-nos isolado ou então temos muita gente à nossa volta, mas não temos tempo para estar com elas.

Quando é que foi a última vez que disse à família e aos amigos que gosta deles, que os ama. Quando foi a última vez que passou tempo de qualidade com eles, desfrutando apenas do momento?

Para muitos de nós, aquilo que realmente importaria é a carreira. A carreira pode significar ajudar os próximos, fazer uma contribuição vital para a sociedade, criar algo brilhante, inspirador ou simplesmente expressar-nos de alguma forma que consideramos muito valioso. Não é o dinheiro que importa, mas sim o impacto do trabalho. O seu trabalho é relevante?

Para muitos de nós, aquilo que realmente importaria é viver a vida – estar presente, desfrutar do momento, carpe diem, encontrar a nossa verdadeira paixão, aquilo que nos move, viajar e conhecer o mundo ou simplesmente aproveitar tudo aquilo que nos rodeia, estar na companhia de pessoas maravilhosas, fazer coisas espectaculares, provar comida deliciosa, brincar, namorar. Estas são apenas algumas ideias… o que realmente importaria para si?

Carpe Diem

É importante reflectir um pouco sobre esta questão e, de preferência, regularmente – ou seja, descobrir o que realmente interessa para si e viver uma vida que reflecte isso mesmo.

Como é que se vive uma vida que coloca grande ênfase naquilo que é realmente importante? Comece por definir o que interessa e o que não interessa. Depois, elimine tudo aquilo que não interessa ou pelo menos o mais possível, de forma a minimizar o supérfluo. Crie espaço para as coisas que realmente interessam.

Encontre tempo para desfrutar de todas as coisas relevantes na sua vida… hoje! Nem que tenha de agendar, para não faltar a esse compromisso! Pode ser difícil por vezes, mas escolher viver uma vida recheada de coisas importantes significa fazer opções e estas nem sempre são fáceis. Mas são relevantes.

Passe tempo de qualidade com a sua cara-metade, mostre-lhe o quão importante é na sua vida. Encontre tempo para abraçar o seu filho, brincar, ler, passear e conversar com ele. Procure tempo para desfrutar da natureza, de estar ao ar livre e de contemplar a beleza do mundo lá fora. Encontre tempo para saborear os pequenos prazeres da vida.

Embora a ideia de 6 meses para viver seja apenas exemplificativo, a verdade é que, no fundo, temos realmente pouco tempo de vida. Sejam 6 meses, 6 anos ou 60, tudo passo num abrir e fechar de olhos. A vida que lhe resta é uma dádiva. Acarinhe a vida, desfrute dela ao máximo. Faça aquilo que interessa, agora mesmo.

Texto extraído do blog estadozen.com
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